sexta-feira, 27 de maio de 2011

E agora? Enem está chegando. Estou preparado(a)?

      Cursar uma faculdade gratuita é o sonho de muitos jovens que almejam uma carreira de sucesso e realização pessoal. Uma boa nota no Enem é o ponto de partida para concretização desse sonho, e só quem está realmente preparado terá essa condição. Porém, não basta tirar uma boa nota, depende da disponibilidade de vaga no curso que escolheu. E por falar em curso, já escolheu o seu? Clique http://guiadoestudante.abril.com.br/ e se informe sobre cursos superiores, enem;  há quizzes, simulados...muito legal!!! Divirta-se!!!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

POR QUE NÃO LER? POR QUÊ?

     

     Com o passar dos anos e os avanços tecnológicos, as pessoas se acostumaram a procurar por informações rápidas e diretas, que muitas vezes não são as mais instrutivas.
      A internet é um bom meio de informações rápidas e diretas, que quando bem utilizado pode trazer muito conhecimento.
     Mas mesmo com as facilidades da internet, é importante lembrar que ela não deve de modo nenhum substituir os livros.
     Além de interessantes, os livros tem a função de exercitar a nossa mente através da leitura. Infelizmente ler um bom livro é um hábito que tem se perdido no passar dos anos, e a juventude de hoje tem preferido filmes,jogos, ao invés de mergulhar nas aventuras dos livros.
    Ler nos torna mais cultos e críticos, isso sem falar na capacidade única que os livros têm de nos levar a lugares que jamais conheceríamos. Já dizia Charles W. Elliot que os “livros são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais acessíveis e sábios conselheiros; os mais pacientes professores.”
    Em uma sociedade que valoriza eficácia e eficiência, a busca pelo conhecimento tem aumentado. O grande problema é a qualidade deste conhecimento, que tem caído consideravelmente, nos tornando mais acomodados com o mundo e o que vem sendo feito dele.
    Por mais que as escolas incentivem, ainda estamos longe de alcançar resultados significativos em relação ao interesse dos nosso jovens pela leitura. Uma solução para este problema pode ser uma maior inserção dos livros na vida das crianças por parte dos pais.
    Devemos entender que não é interessante oferecer um livro muito culto a uma criança, pois a tendência é que ela perca o interesse e pior ainda, acredite que todos os livros são “chatos” e difíceis de entender.
    Vale lembrar que a leitura é sempre bem vinda, seja ela de livros infantis, romances, ficções ou até mesmo revistas e histórias em quadrinhos. O importante é que o hábito não seja abandonado, e que o jovem possa sentir tudo aquilo que só a leitura pode proporcionar.
    Embora a leitura deva ser incentivada pelos pais, ela NUNCA deve ser obrigada ou forçada. É legal que o jovem tenha a leitura como um hobbie e não uma atividade massante, imposta.

BOA LEITURA!!!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Bater na madeira

As origens da expressão utilizada por supersticiosos

Márcio Cotrim*

O costume de bater na madeira vem de tempos bem antigos. Entre os celtas, consistia em bater no tronco de uma árvore para afugentar o azar, com base no fato de que os raios caem frequentemente nas árvores, sinal de que elas seriam a morada terrestre dos deuses. A pessoa estaria mantendo contato com o deus e lhe pedindo ajuda.
Na mesma linha, os druidas batiam na madeira para espantar os maus espíritos. Já na Roma Antiga, por sua vez, batia-se na madeira da mesa das refeições, considerada sagrada, para invocar os deuses protetores tanto da família quanto do lar.
Historicamente, a árvore preferida para neutralizar o mau agouro era o carvalho, venerado por sua força, imponência e longevidade. Ele teria poderes sobrenaturais por suportar a força dos raios.
Acreditava-se que vivia no carvalho o deus dos relâmpagos. Bater nessa árvore era, portanto, um meio para afastar perigos e riscos diversos.
Mata ciliar: Importante formação vegetal para a preservação da vida e da natureza, uma cobertura nativa existente nas margens de rios, igarapés, lagos, olhos-d'água e represas, e tão necessária para sua proteção como os cílios para nossos olhos, daí o berço da expressão. Elemento fundamental de um ecossistema, a mata ciliar, em linguagem de leigo, é, por assim dizer, a franja vegetal situada na beira de toda superfície líquida natural, estática ou dinâmica. Acolhe grande variedade de seres vivos, que nela encontram abrigo e refúgio.

Criado-mudo: É aquilo que a expressão sugere: um mordomo calado. No português falado no Brasil tem esse nome, embora em alguns estados, como o Rio de Janeiro, seja mais conhecido como mesinha de cabeceira. Trata-se de uma pequena mesa que fica ao lado da cama. Pode ter gavetas e nela são colocados ou guardados diversos objetos, o que facilita o acesso das pessoas que estejam deitadas. O termo criado-mudo se deve ao fato de ele servir como auxiliador, ao acolher coisas que não se pretende carregar, tarefa antigamente cumprida por mordomos e criados entre pessoas ricas.

As onomatopeias comerciais

Como o recurso que transforma sons em palavras virou uma arma do mercado para atrair consumidores

Luiz Roberto Wagner



O quadro Kapow!: onomatopeia representada no mercado da arte

Cerca de metade dos telespectadores brasileiros vê, ouve e lê o "plim-plim" da Globo chamando-a de volta a seu programa de TV. Essa palavrinha dá-nos um som onomatopaico, imita o som de um objeto.

Onomatopeia é a figura de linguagem - também chamada "figura de som" - que se forma pela imitação de ruídos, de gritos, de barulho de máquinas, canto de animais, sons da natureza, o timbre da voz humana. Esses recursos são muito explorados em histórias em quadrinhos e até pelo comércio.
Nos supermercados, encontramos a batata palha e o biscoito de polvilho da marca "Crac". Provavelmente quem batizou esses dois produtos quis indicar que as batatinhas e os biscoitos são torrados e crocantes, pois fazem o som "crac crac" quando mordidos; as onomatopeias têm sua carga significativa na sonoridade e não no conceito.

Nos supermercados, há onomatopeias inglesas estampadas em produtos. Tic Tac, por exemplo, indica um som regular e cadenciado, como o do relógio ou do batimento cardíaco, e passa para o português como "tique-taque" ou "tiquetaque".
"Ergue a voz o tique-taque estalado das máquinas de escrever." (Fernando Pessoa)
"Plim-plim" da Rede Globo: o som que virou sinônimo de marca
Para muitos estudiosos, as formações onomatopaicas são, em geral, de caráter universal. Há poucas semelhanças, entretanto, nos diferentes idiomas quando se traduzem graficamente essas expressões.
Kapow!
Cada língua convencionou a onomatopeia de uma maneira própria. Nas HQs brasileiras, quando um objeto cai na água, representa-se o ruído por "tchibum!" Já os norte-americanos traduzem o mesmo som como splash!. Porque inspirado em quadrinhos, Roy Lichtenstein (1923-1997) lançou as onomatopeias no rico mercado das artes, como no quadro Kapow!, versão em inglês de uma explosão. Fosse no Brasil, seria algo como "bum!".
Em português, a pessoas fazem "xixi"; os espanhóis fazem pis, o que nos leva a considerar a estreita relação do ruído com o líquido em questão.
Em nosso idioma, as onomatopeias formam só três classes de palavras: substantivos, verbos e interjeições (ver quadro abaixo).
É recurso dos mais comuns na prosa e na poesia, para produzir efeito especial e reforçar a capacidade comunicativa do texto. Tem, na poesia, grande importância estilística, pois nela se concentram melodia, harmonia e ritmo da frase. A poesia reforça os valores sonoros da onomatopeia pela aliteração (repetição de fonemas semelhantes). Daí sua sensível aproximação a essa figura de som, como neste trecho do  parnasiano Vicente de Carvalho:
Ouves acaso quando entardece
Vago murmúrio que vem do mar,
Vago murmúrio que mais parece
Voz de uma prece
Morrendo no ar?

Aqui, o conteúdo onomatopaico é criado não só pela repetição de "murmúrio", mas pela aliteração (repetição dos fonemas /v/ e /m/).
Onomatopeias provam a dinamicidade do idioma. Quer por meio de figura, quer pela imitação de sons, a língua estará sempre pronta a receber novos termos onomatopaicos.
Luiz Roberto Wagner é doutor em Letras e professor da Faculdade Interativa COC - Ribeirão Preto (SP)
As categorias
As onomatopeias assumem três classes de palavras
SubstantivoVerboInterjeição
bem-te-vicacarejarAaai!
fonfomcoaxarAh !
reco-recomiarUfa !
tico-ticomugirBah !
toque-toquepipilarPimba !
zunzumtilintarCatapimba !